DOCUMENTÁRIO E MEIO AMBIENTE

O cinema é o teatro do mundo. Uma arte que se atreveu a replicar a realidade a partir de cenários naturais ou de reproduções cada vez mais verossímeis da natureza. Um faz de conta que não só reproduz como antecede e reinventa mundos na terra ou no espaço sideral.

Desde seu nascedouro, o cinema documentário demonstrou um forte apelo com a questão  ambiental. O norte-americano Robert Flaherty, pai do documentário, fincou as bases dessa linguagem ao levar às telas o modo de vida em extinção do esquimó Nanook. Ele registrou ainda a luta do homem contra a natureza materializada no cotidiano dos pescadores da Ilha de Aran, na Irlanda.

O documentário brasileiro também mantém esse vínculo umbilical com o meio ambiente. Tal tendência nasceu das mãos desbravadoras de Silvino Santos, o cineasta selvagem que, no início do século XX, ousou retratar a Floresta Amazônica em preto e branco.

A Cinedocumenta 2015 vai explorar essa vocação primeira do documentário para trazer filmes que problematizem a relação da humanidade com a dimensão ecológica.

Atualmente,  há milhares de iniciativas no Brasil de realizadores independentes, grupos empresariais e entidades governamentais que produzem filmes sobre o assunto. Vamos selecionar não só documentários que nos trazem denúncias, mas que também apresentem soluções concretas por meio de iniciativas e projetos de sustentabilidade.

O meio ambiente será a bandeira da 11ª edição da Cinedocumenta, que vai estampar em suas telas movimentos de luta pela preservação e construção de uma nova relação entre a nossa espécie e o nosso habitat.