A 11ª Mostra de Cinema Documentário de Ipatinga – Cinedocumenta, aberta na noite de ontem, no Teatro do Centro Cultural Usiminas, vem repetindo o sucesso das edições anteriores. Tanto na sessão inaugural, quanto na da manhã de hoje, realizada na Fadipa, as salas de exibição ficaram lotadas.

“A maior loucura que existe é a gente ver o mundo como ele é, e não como deveria  ser, o que só a arte nos permite”, destacou o diretor-presidente da Cenibra, patrocinadora da Mostra, Paulo Eduardo Rocha Brant, em seu pronunciamento de abertura do evento e numa referência à obra do espanhol, Miguel de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha. Em seguida, Paulo disse que se sentiu feliz em participar da abertura do lançamento da Cinedocumenta por sua importância para a cultura regional.

Luiz Bolognesi, diretor de Uma História de Amor e Fúria, também se pronunciou em relação à Cinedocumenta, elogiando o evento e agradecendo a receptividade do seu filme escolhido para encabeçar a programação da Mostra.

O coordenador geral do evento, Éderson Caldas, agradeceu aos colaboradores da Cinedocumenta, destacando a Fadipa; o Centro Cultural Usiminas, parceiro de todos os anos, e a Cenibra, por tornar possível a realização de mais uma Mostra de Cinema Documentário 2015.

Andrey Luiggi, estudante de Arquitetura e Urbanismo, que assina a produção do filme Parque Estadual do Rio Doce, juntamente com colegas do curso, agradeceu à produção da Cinedocumenta pela oportunidade de apresentar seu trabalho ao lado de outras produções vindas de todo Brasil.

Após a exibição dos filmes, foi promovido um debate com diretores das obras exibidas, Luiz Bolognesi, de Uma História de Amor e Fúria; e Jaydson Souza, do Parque Estadual Regional do Rio Doce. Também participou do bate papo o  jornalista, historiador e documentarista, Sávio Tarso, um dos curadores da Mostra.

ANNECY

Luiz Bolognesi falou sobre o processo de produção de Uma História de Amor e Fúria, que se estendeu por seis anos. “A dedicação foi compensadora. Vencemos o principal festival de animação do mundo,  o de Annecy, na França. Criado em 1960, o evento é conhecido como o “Cannes da animação”. Também conquistamos vários prêmios em outros países”.

Luiz elogiou o filme Parque Estadual do Rio Doce. “As imagens são maravilhosas. Mesmo antes de pousar aqui em Ipatinga, do avião mesmo, eu já havia percebido que se tratava de uma região rica em biodiversidade”.

Sávio Tarso disse que gostou muito dos filmes exibidos. Ele chamou atenção para História de Amor e Fúria, por retratar a história do Brasil de forma criativa e fantasiosa.

O evento foi encerrado com coquetel servido no foyer do Centro Cultural Usiminas.

Cinedocumenta 2015 - 02 - Abertura quinta 28 - Foto Grão Fotografia

Lançamento da Cinedocumenta lotou Teatro do Centro Cultural da Usiminas

Sessão comentada da Cinedocumenta reúne Bolognesi, Sávio, Éderson e Jaydson Sousa

Sessão comentada da Cinedocumenta reúne Bolognesi, Sávio, Éderson e Jaydson Sousa

Cinedocumenta na Fadipa

A Mostra de Cinema Documentário ganhou continuidade na manhã de hoje, no Auditório Jamil Sellim de Salles – Fadipa, onde foram exibidos os filmes Agricultura Tamanho Família, de Silvio Tendler; e Expedição Rio Doce, do cineasta estreante, Vitor Augusto de Oliveira.

A sessão comentada contou com a participação dos professores Wesley Augusto Dias e Claudiane Aparecida de Sousa, além do diretor da Expedição, Vitor Augusto, estudante de Tecnologias Ambientais Aplicadas à Mineração e Siderurgia.

O debate foi encerrado com uma reflexão proposta por estudante da Fadipa, que citou um texto do Greenpeace: “Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come”.

Foto: Ricardo Alves | Grão Fotografia