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Thiago Köche, diretor de “Manifesto Porongos”; Sávio Tarso, documentarista, historiador e jornalista, e o produtor cultural, Fábio Delduque

[/vc_column_text][/vc_column_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_column_text]A 12ª Cinedocumenta, Mostra de Cinema Documentário, semeou amor por onde passou – Teatro do Centro Cultural Usiminas, Fadipa e Escola Estadual Professora Elza de Oliveira Lage. Com o tema “Diversidade de amar”, que teve como mestre de cerimônia a travesti Camila Oliveira, o evento trouxe em sua programação filmes de várias cidades, como Belo Horizonte, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Segundo estimativa do idealizador e realizador do evento, Éderson Caldas, cerca de mil e quinhentas pessoas prestigiaram a Mostra, que foi encerrada na tarde de ontem com uma oficina de cinema documentário para alunos da rede pública.

A exibição de “Pitanga”, que refaz a trajetória do ator Antônio Pitanga, e “Manifesto Porongos”, focado no episódio da Revolta Farroupilha, inspiraram o debate do primeiro dia da Cinedocumenta permeado pelo tema racismo. A conversa contou com a participação do professor, jornalista e documentarista, Sávio Tarso; com o diretor do “Manifesto Porongos”, Thiago Köche, e o produtor cultural convidado, Fábio Delduque, que também é cenógrafo e diretor de arte.

Em seu segundo dia, a Cinedocumenta promoveu a Sessão Cinema Eficiente, com a projeção dos filmes “Luiza” e “Colegas”. A matinê foi dedicada aos alunos da Apae que compareceram em peso no Teatro do Centro Cultural Usiminas. “Os meninos se divertiram muito com as atrações, principalmente com o longa-metragem “Colegas”, que mostra a alegria de viver dos portadores de Síndrome de Down. Em diversos momentos, a turma manifestou com aplausos sua satisfação por estar ali assistindo aos filmes”, comentou a psicóloga Elmina Ferreira, que acompanhou a turma, juntamente com outros colaboradores da entidade.

Na sessão da noite, entraram em cena os filmes “Divinas Divas”, longa sobre transformistas, e “Ingrid”, curta-metragem que trata da relação de uma mulher trans com a sua própria imagem. A exibição dos filmes foi seguida de debate com a professora, jornalista e documentarista, Tatiana Carvalho e Maick Hannder, diretor de Ingrid.

“Divinas Divas” e “Ingrid” permitiram que as personagens se sentissem pertencentes às obras. Os trabalhos não são sobre essas pessoas, mas foram produzidos com elas, deram voz a grupos que estão à margem da sociedade permitindo que se colocassem livremente nos documentários”, destacou Tatiana Carvalho, que é colaboradora do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da UFMG.

A professora parabenizou a Cinedocumenta pela escolha do tema “Diversidade de Amar”. “A Mostra veio promover reflexões sobre temas pertinentes. É oportuna e urgente essa discussão. As pessoas precisam se unir pra lutar e enfrentar a violência LGBTfobia”.

MULHERES

Tatiana elogiou ainda a seleção de filmes assinados por mulheres, como é o caso de “Divinas Divas”, de Leandra Leal, e “Pitanga”, que conta com a codireção de Camila Pitanga. “É ótimo ter uma programação marcada pela presença da mulher no cinema.”

Maick Hannder destacou o processo de produção de “Ingrid”. “Como há a exposição emocional e a física da personagem, dei à Ingrid um gravador, e pedi a ela que gravasse o que ela considerasse importante retratar no filme. Esse foi o caminho que encontrei para deixá-la mais à vontade, pra dizer o que sentia, no tempo dela, e sem a interferência de entrevistados. O resultado foi ótimo”.

A última sessão da 12ª Cinedocumenta foi promovida na manhã de sexta-feira, no auditório da Fadipa, com a exibição dos filmes “Mademoiselle do rap”, sobre Lulu Monamour, que se auto-intitula o primeiro cantor de rap assumidamente homossexual no Brasil; e “Amor, a razão”, um filme do baiano Rogério Vilaronga, que participou do debate após a exibição do documentário. Encerrando a sessão, Éderson destacou a permanência da Cinedocumenta em cena por 12 anos, e a sua realização neste 2017 como símbolo da resistência à crise que se instalou no Brasil, e que tem afetado os projetos culturais.

A estudante de direito, Mariana Maia Fernandes agradeceu ao Éderson pela realização da Cinedocumenta. “O amor é uma sombra gostosa que você trouxe para a tela. Ficamos embaixo dela. Foi muito bom. Obrigada.”

Jésus Henrique Silveira enfatizou a importância do tema desta edição da Mostra. “Privilegiando o amor, os casos não vão chegar ao judiciário, os conflitos serão solucionados pelo bom senso, de forma amigável”.

A Cinedocumenta é uma realização de Éderson Caldas, com o apoio do Edital Exibe Minas 2016, Lei Estadual de Incentivo à Cultura e patrocínio da Usiminas.

Fotos: Dani Dornelas

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